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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Os comandos do Corpo ( Sistema nervoso)

Introdução
A seguir nós estudaremos um pouco sobre o comando do corpo.
Sobre o:
  • Sistema nervoso, suas principais funções, os principais órgãos e sua importância para vivermos, uma delas é o tato, a visão, o olfato, a audição e outros. O Sistema nervoso é dividido em duas partes  o Sistema Nervoso Central e o Periférico.
  • Os Neurônios que são células do Sistema Nervoso.
  • Os nervos são como um cabo de um fio telefônico, eles transmitem os impulsos nervosos.
  • O Cérebro que é o principal órgão do corpo.
  • O Cerebelo que é responsável pela manutenção do equilíbrio de postura.
  • O Bulbo estabelece a comunicação entre o cérebro e a medula.
  • A Medula: Partem da impulsos nervosos que chegam aos músculos e provocam sua rápida e brusca contração.

Conteúdo
Sistema Nervoso Central
O Sistema Nervoso Central é formado por vários órgãos :Encéfalo (cérebro, cerebelo e bulbo – crânio) e a Medula(encontra-se na coluna vertebral), eles estão ligados a toda a parte do corpo por nervos.
O sistema nervoso central é o mais protegido do corpo. O crânio esta ligado diretamente com a coluna vertebral.
Entre os meninges há um líquido que reduz “Choques Mecânicos” que evita danos   na cabeça ou na coluna.
O Sistema nervoso central é o sistema que controla o corpo ou seja quando você quer levantar a mão o sistema nervosos envia um sinal a sua mão fazendo com que ela levante.
É no SNC que chagam um formações de sentidos como a audição é dele que partem ordens para os músculos e glândulas.

Sistema Nervoso Periférico
O Sistema Nervoso Periférico é formado por 12 pares de nervos cranianos (sai do encéfalo), 31 paras de nervos raquidianos(sai da medula) para o resto do corpo e polos linfonodos.
O SNP se divide em duas partes:
Sistema Nervoso Periférico autônomo – Podemos disser que ele é “automático” ou seja são nervos que praticam atividades independente da nossa vontade como: batimentos cardíacos, digestão e outros.
Sistema Nervoso Periférico voluntário ou somático – nervos que vão aos músculos e reagem aos estímulos do ambiente de forma voluntária como: movimentos do braço.
Neurônios
Os neurônios são células que formam o sistema nervoso. O corpo celular de um neurônio é composto por núcleo, dendritos (pequenas ramificações) e axônio(ramificações). Os dendrito e axônio são neurofibras que estende-se pelo corpo, conectando células nervosas com células sensoriais, musculares e glandulares.
Entre um neurônio e outro a um micro-espaço chamado de sinapse, o neurônio transmite um impulso para o outro através da ação neurotransmissores, liberados pelos axônios e recebidos pelos dendritos. Os neurotransmissores mais conhecidos são a acetilcolina e a noradrenalina, mas existe outros.
Graças ao neurônio, a mensagem (impulsos nervosos) cheguem em músculos e glândulas, e também levam impulsos dos órgão sensoriais ao cérebro e medula. Quando tocamos em algo ao mínimo três neurônios transmitem a mensagem para o cérebro um até a medula outro até o cérebro e outro interpreta a mensagem.
As células da glia sustenta os neurônios e auxilia no seu funcionamento.
Há cerca de 86 bilhões de neurônios no sistema nervoso humano.
Nervos
Um nervo é semelhante a um cabo . Na verdade ele é um feixe de axônios e dendritos. Os nervos transportam mensagens em formas
de impulsos elétricos.
Danos aos nervos podem ser causados por lesões físicas, inchaço doenças auto-imunes, diabetes ou falha dos vasos sanguíneos que irrigam o nervo.
Cérebro
A parte externa de um cérebro é chamada de córtex. É o córtex que recebe todos os impulsos elétricos dos órgãos dos sentidos,
 interpreta-os, decide o que fazer e dá ordens aos músculos e glândulas. O pensamento ocorre no córtex.
Há áreas no cérebro de memoria, que quando nos fomos alfabetizados os neurônios do córtex foram ativados permitindo que lembremos do significado das letras e façamos associações entre elas para formar palavras.
O cérebro é como um arquivo toda vez que chega um nova informação ela é associada a outros anteriores. Essa gravação é a memória, sua sede também está no córtex.
O cérebro armazena informações ano após ano, as mais acessadas ficam em melhores condições as raramente acessadas pode desaparecer.
Os nossos sentidos (receptores) comunicam ao cérebro, através de impulsos elétricos, as informações captadas do ambiente. O cérebro transforma esse impulsos em sensações, ele armazena elas e emite impulsos aos músculos e glândulas.
Áreas de atuação do cérebro:
Área motora: É a parte do cérebro que partem os nervos que comandam o corpo voluntariamente como os braços, pernas, pescoço e outros.
Formação de hábitos: Quando praticamos algo pela primeira vez
controlamos os músculos com muita atenção. Esse controle é feito através do córtex cerebral. A próxima vez que realizamos a tarefa ela parece mais fácil, e finalmente desenvolvemos o hábito e a praticamos sem ter que controlar cada movimento como a respiração. Quando criamos hábitos ele fica pela vida inteira, se for um hábito negativo não é fácil de perde-lo por isso devemos criar só bons hábitos.
Comunicação:  O cérebro é a sede do raciocínio. Ele perm0ite expor nossa ideias, e comunicar-se com outras pessoas.
Cerebelo
O cerebelo é responsável pela manutenção do equilíbrio, da postura, dos movimentos voluntários, do controle da elasticidade e resistência muscular, e responsável pela aprendizagem motora.
O cerebelo está localizado na região posterior do cérebro  ele é uma parte do encéfalo.
O uso de drogas, bebidas alcoólicas, por uma doença ou acidente afeta diretamente o cerebelo dificultando a coordenação dos movimentos musculares.
Bulbo
O bulbo estabelece a comunicação do cérebro com a medula. O bulbo controla o cardiorrespiratório e alguns reflexos como a mastigação,  o piscar de olhos, a secreção lacrimal e o vômito, esses são exemplos de atos involuntários controlado pelo bulbo. O bulbo fica na parte inferior de cérebro e superior da medula. 
Medula
Quando tocamos em um espinho, temos um resposta rápida (ato reflexo) e independente da nossa vontade. Isso acontece por causa dos corpúsculos táteis da pele, quando estimulamos músculos enviamos um mensagem para o cérebro através de impulsos nervosos, esse impulsos viajam até a medula, e alguns neurônios enviam um mensagem para os músculos sem o auxilio do cérebro (ato reflexo), enquanto o impulso percorre a medula para chegar ao cérebro.
Então quando tocamos num espinho é enviado impulsos até a medula e da medula partem outros impulsos ao musculo fazendo com que o musculo se contraia tirando a nossa mão do espinho isso se chama atos reflexos. Logo depois o primeiro impulso chega no cérebro permitindo que tenhamos noção do que aconteceu.
Condicionamento
Muitas coisas que fazemos são atos reflexos como sentir o cheiro de um alimento e a boca se encha de saliva; e que, ao ouvir gritos e palavras ásperas fiquemos tenso.
Quando duas coisas ocorrem ao mesmo tempo varias elas podem se associar a sua mente. Então a pessoa começa a reagir da mesma maneira nas duas situações, mesmo que aconteça separadamente.
Se todos os dias um sino toque na mesma ora que o jantar o som do sino e o jantar se associam. Com o tempo a pessoa reagirá a ambos, ou a um deles separadamente. Esse tipo de associação é chamado de condicionamento. Após o condicionamento mesmo se só o sino tocar pode ser que as glândulas salivais trabalhem sem que o jantar esteja pronto.
As drogas e o sistema nervoso
Durante a adolescência a períodos de altos e baixos, desafios e pressões. Nessa época muitos adolescentes seguem o rumo das drogas como um refuljo, ou ficam iludidos com a propostas, os traficantes alegam que as drogas irão alegrar, se distrair dos problemas.
As drogas pode trazem muitos prejuízos ao nosso corpo e ao sistema nervosos principalmente para os neurônios.
Diferente do que os traficantes alegam a droga não trais a alegria e muito menos tira os seu problemas e sim trais mais problemas, por isso devemos ficar o mais longe possível das drogas, pois existem formas melhores de curtir a vida sem acabar com a sua saúde.


sábado, 20 de abril de 2013

Gordura trans


As gorduras trans são um tipo especial de gordura que, em vez de ser formado por ácidos graxos saturados ou insaturados na configuração cis, contém ácidos graxos insaturados na configuração trans1 . Em outros termos, são um tipo específico de gordura formada por um processo de hidrogenação, quer seja natural (ocorrido no rúmen de animais artiodátilos) ou artificial2 . Seu nome é bastante mencionado devido à sua nocividade à saúde humana.


Configuração química

O ângulo das duplas ligações na posição trans é menor que em seu isômero cis e sua cadeia de carboidratos é mais linear, resultando em uma molécula mais rígida, com propriedades físicas diferentes, inclusive no que se refere à sua estabilidade termodinâmica.
Os ácidos graxos trans não são sintetizados no organismo humano. São resultantes de um processo chamado de hidrogenação. O objetivo desse processo é adicionar átomos de hidrogênio nos locais das duplas ligações, eliminando-as. Porém essa hidrogenação é geralmente parcial, ou seja, há a conservação de algumas duplas ligações da molécula original e elas podem formar isômeros, mudando da configuração cis para trans.
Existem dois tipos de hidrogenação:

  • A bio-hidrogenação, que ocorre quando os ácidos graxos ingeridos por ruminantes são parcialmente hidrogenados por sistemas enzimáticos da flora microbiana intestinal desses animais;
  • A hidrogenação industrial, processo em que são misturados hidrogênio gasoso, óleos vegetais poliinsaturados e um catalisador, que geralmente é o níquel (Ni,) sob pressão e temperatura apropriadas. Esse processo vai resultar em ácidos graxos com ponto de fusão mais alto, devido à orientação linear nas moléculas trans e ao aumento no índice de saturação, e maior estabilidade ao processo de oxidação lipídica.

Fontes

As gorduras trans estão presentes em pequenas quantidades em alimentos de origem animal (no leite e gordura de ruminantes como vaca e carneiro), por influência de uma bactéria presente no rumén desses animais. Quantidades maiores desta gordura estão presentes em alimentos industrializados (processados) , como biscoitos, bolos confeitados e salgadinhos.
As gorduras trans formadas durante o processo de hidrogenação industrial que transforma óleos vegetais líquidos em gordura sólida à temperatura ambiente são utilizadas para melhorar a consistência dos alimentos e também aumentar a vida de prateleira de alguns produtos .
Em muitas áreas a gordura trans dos óleos vegetais parcialmente hidrogenados substituiu a gordura sólida e óleos líquidos naturais. Os alimentos que mais provavelmente contêm gordura trans são frituras, molhos de salada, margarinas, entre outros alimentos processados.

Riscos à saúde

Não há informação disponível que mostre benefícios à saúde como resultado do consumo de gordura trans. Por outra parte, o consumo excessivo de alimentos ricos em gorduras trans pode causar: 1) aumento do colesterol total e do colesterol ruim (LDL); e 2) redução dos níveis de colesterol bom (HDL)
A gordura trans age como a gordura saturada ao elevar o nível da lipoproteína (concentração endoplasmática) de baixa densidade no sangue (LDL ou "colesterol ruim"). Isso faz que os níveis de absorção da proteína de alta densidade HDL e do colesterol sejam pasteurizados, sendo que essa pasteurização é responsável pela remoção de LDL do sangue. Isso aumenta as chances do aparecimento de um ateroma, isto é, a placa de gordura no interior de veias e artérias, que pode causar infarto ou derrame cerebral.
Está associada também à obesidade, visto que é utilizada em larga escala em quase todos os alimentos. Sabe-se pouco sobre como a gordura trans é incorporada no tecido cerebral do feto e membranas celulares.

Rotulagem e legislação

Com um maior controle sobre a alimentação humana, as autoridades em saúde determinaram que em rótulos venha determinada a quantidade de gordura trans contida por porção. Essa quantia muitas vezes nem é notada pelo consumidor, e a principal causa é a falta de interesse e de informação. O Valor Calórico Diário, antes considerado 2,5 mil calorias, decaiu em valor devido à grande quantidade de gorduras trans utilizadas, diminuindo para 2 mil calorias.
Daqui pode-se perceber que gordura trans não é o mesmo que gordura hidrogenada, porém esta contém a maior quantidade de gordura trans. A recomendação é que se consuma o mínimo possível, não existindo quantidade mínima recomendada por dia, qualquer quantidade por menor que seja, é prejudicial. Veja na tabela abaixo a quantidade de gordura trans presente em alguns alimentos:

ProdutoQuantidadeGordura trans
Biscoito água e sal2 unidades (30g)1,0 g
Biscoito recheado2 unidades (30g)1,5 g
Biscoito tipo waffer4 unidades (30g)5,0 g
Sorvete de creme, com recheio de doce
de leite coberto com chocolate ao leite.
1 casquinha (81g)1,4 g
Big Mac1 sanduíche1,1 g

Proibição

Leis com a finalidade de banir gorduras trans em alimentos foram passadas em diversos lugares do mundo. A Dinamarca foi o primeiro país a banir óleos parcialmente hidrogenados em 2003. A Suíça aprovou leis contra gorduras trans em 2008, e diversas cidades dos EUA passaram legislação semelhante. Estima-se que a diminuição no consumo de gorduras trans de 6g para 1g por dia ao longo de 20 anos diminua o número de mortes por cardiopatia isquêmica em 50%.
No Brasil, o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia) estabeleceram em 2008 metas para reduzir o percentual de gorduras trans nos alimentos a um limite de 2% do total de gorduras até o final de 2010.

Gordura vegetal hidrogenada

A gordura hidrogenada é obtida através da hidrogenação industrial de óleos vegetais (que são líquidos à temperatura ambiente), formando uma gordura de consistência mais firme. Por suas características, ela melhora a palatabilidade e textura, e aumenta a vida de prateleira dos produtos, por isso é muito utilizada na indústria. A gordura hidrogenada também é usada por redes de fast-food e restaurantes para frituras.
Produtos como margarinas, sorvetes cremosos, biscoitos, bolos, tortas, pães, salgadinhos, pipoca de microondas, bombons, e tudo mais que contenha gordura hidrogenada, são fontes de gordura trans.
No Brasil, a partir do segundo semestre de 2006, as empresas foram obrigadas a declarar a quantidade de gordura trans no rótulo, de acordo com a resolução da Anvisa (RDC 360/2003). Poucos produtos já foram reformulados a fim de eliminar essa gordura de sua composição.
Apesar da resolução que obriga os fabricantes de alimentos industrializados a declarar a quantidade de gordura trans em seus produtos, as indústrias usam uma brecha técnica para continuar a vender produtos com gordura trans e ao mesmo tempo utilizar selos e "splashes" em suas embalagens declarando-os com "0% de gordura trans". É comum você ver estampada a alegação "Não contém...", "Livre de...", "Zero % de...", "Isento de..." ou similar. Isso porque descobriu-se que a gordura trans é inimiga da boa saúde. Isso permite que o próprio fabricante arbitrariamente escolha qual o tamanho de 1 porção de seu produto para que a quantidade de gorduras trans por porção fique abaixo de 0,2g4 . Um fabricante de biscoitos, por exemplo, pode imprimir em sua tabela nutricional que os valores de 1 porção equivalem a 1/2 biscoito, e assim induzir o consumidor a acreditar que esse produto não contém nenhuma gordura trans.
Uma maneira segura de comprovar a adição de gordura trans é a leitura da lista de ingredientes do alimento. Se contiver gordura vegetal hidrogenada, ou gordura vegetal, certamente contém gordura trans.
A Anvisa não exige mais (2008) que os fabricantes grafem gordura vegetal hidrogenada por extenso nas embalagens, permitindo que ela seja indicada apenas como gordura vegetal. Então, outra maneira de verificar a presença de gordura trans é verificar a lista de ingredientes impressa nas outras línguas - se disponível.
Atualmente (2007) alguns fabricantes estão substituindo a gordura hidrogenada pela gordura interesterificada. Estudos preliminares5 6 mostram que esta pode ser mais danosa à saúde do que a gordura hidrogenada.

Exemplos


  • Ácido linoléico conjugado
  • Ácido ricineláidico

Tabela periódica

A tabela periódica dos elementos químicos é a disposição sistemática dos elementos, na forma de uma tabela, em função de suas propriedades. São muito úteis para se preverem as características e tendências dos átomos. Permite, por exemplo, prever o comportamento de átomos e das moléculas deles formadas, ou entender porque certos átomos são extremamente reativos enquanto outros são praticamente inertes. Permite prever propriedades como eletronegatividade, raio iônico, energia de ionização.


História



A tabela periódica consiste num ordenamento dos elementos conhecidos de acordo com as suas propriedades físicas e químicas, em que os elementos que apresentam as propriedades semelhantes são dispostos em colunas. Este ordenamento foi proposto pelo químico russo Dmitri Mendeleiev , substituindo o ordenamento pela massa atômica. Ele publicou a tabela periódica em seu livro Princípios da Química em 1869, época em que eram conhecidos apenas cerca de 60 elementos químicos.
Em 1789, Antoine Lavoisier publicou uma lista de 33 elementos químicos. Embora Lavoisier tenha agrupado os elementos em gases, metais, não-metais e terras, os químicos passaram o século seguinte à procura de um esquema de construção mais precisa. Em 1829, Johann Wolfgang Döbereiner observou que muitos dos elementos poderiam ser agrupados em tríades (grupos de três) com base em suas propriedades químicas. Lítio, sódio e potássio, por exemplo, foram agrupados como sendo metais suaves e reativos. Döbereiner observou também que, quando organizados por peso atômico, o segundo membro de cada tríade tinha aproximadamente a média do primeiro e do terceiro.[1] Isso ficou conhecido como a lei das tríades.O químico alemão Leopold Gmelin trabalhou com esse sistema e por volta de 1843 ele tinha identificado dez tríades, três grupos de quatro, e um grupo de cinco. Jean Baptiste Dumas publicou um trabalho em 1857 descrevendo as relações entre os diversos grupos de metais. Embora houvesse diversos químicos capazes de identificar relações entre pequenos grupos de elementos, não havia ainda um esquema capaz de abranger todos eles.[1]
O químico alemão August Kekulé havia observado em 1858 que o carbono tem uma tendência de ligar-se a outros elementos em uma proporção de um para quatro. O metano, por exemplo, tem um átomo de carbono e quatro átomos de hidrogênio. Este conceito tornou-se conhecido como valência. Em 1864, o também químico alemão Julius Lothar Meyer publicou uma tabela com os 49 elementos conhecidos organizados pela valência. A tabela revelava que os elementos com propriedades semelhantes frequentemente partilhavam a mesma valência.
O químico inglês John Newlands publicou uma série de trabalhos em 1864 e 1865 que descreviam sua tentativa de classificar os elementos: quando listados em ordem crescente de peso atômico, semelhantes propriedades físicas e químicas retornavam em intervalos de oito, que ele comparou a oitavas de músicas. Esta lei das oitavas, no entanto, foi ridicularizada por seus contemporâneos.


Retrato de Dmitri Mendeleiev.

O professor de química russo Dmitri Ivanovich Mendeleiev e Julius Lothar Meyer publicaram de forma independente as suas tabelas periódicas em 1869 e 1870, respectivamente. Ambos construíram suas tabelas de forma semelhante: listando os elementos de uma linha ou coluna em ordem de peso atômico e iniciando uma nova linha ou coluna quando as características dos elementos começavam a se repetir. O sucesso da tabela de Mendeleiev surgiu a partir de duas decisões que ele tomou: a primeira foi a de deixar lacunas na tabela quando parecia que o elemento correspondente ainda não tinha sido descoberto.Mendeleiev não fora o primeiro químico a fazê-lo, mas ele deu um passo adiante ao usar as tendências em sua tabela periódica para predizer as propriedades desses elementos em falta, como o gálio e o germânio. A segunda decisão foi ocasionalmente ignorar a ordem sugerida pelos pesos atômicos e alternar elementos adjacentes, tais como o cobalto e o níquel, para melhor classificá-los em famílias químicas. Com o desenvolvimento das teorias de estrutura atômica, tornou-se aparente que Mendeleev tinha, inadvertidamente, listado os elementos por ordem crescente de número atômico.[9]
Com o desenvolvimento das modernas teorias mecânica quânticas de configuração de eletrons dentro de átomos, ficou evidente que cada linha (ou período) na tabela correspondia ao preenchimento de um nível quântico de elétrons. Na tabela original de Mendeleiev, cada período tinha o mesmo comprimento. No entanto, como os átomos maiores têm sub-níveis, tabelas modernas têm períodos cada vez mais longos na parte de baixo.[10]
Em 1913, através do trabalho do físico inglês Henry G. J. Moseley, que mediu as frequências de linhas espectrais específicas de raios X de um número de 40 elementos contra a carga do núcleo (Z), pôde-se identificar algumas inversões na ordem correta da tabela periódica, sendo, portanto, o primeiro dos trabalhos experimentais a ratificar o modelo atômico de Bohr. O trabalho de Moseley serviu para dirimir um erro em que a Química se encontrava na época por desconhecimento: até então os elementos eram ordenados pela massa atômica e não pelo número atômico.
Nos anos que se seguiram após a publicação da tabela periódica de Mendeleiev, as lacunas que ele deixou foram preenchidas quando os químicos descobriram mais elementos químicos. O último elemento de ocorrência natural a ser descoberto foi o frâncio (referido por Mendeleiev como eka-césio) em 1939.[11] A tabela periódica também cresceu com a adição de elementos sintéticos e transurânicos. O primeiro elemento transurânico a ser descoberto foi o netúnio, que foi formado pelo bombardeamento de urânio com nêutrons num ciclotron em 1939.

Estrutura da tabela periódica




Séries químicas da tabela periódica

Metais alcalinos2 Metais alcalinoterrosos2 Metais de transição2 Lantanídios1, 2 Actinídios1, 2 Metais representativos Semimetais Não metais Halogênios3 Gases nobres3
1Actinídios e lantanídios são conhecidos coletivamente como “metais terrosos raros”.
2Metais alcalinos, metais alcalinoterrosos, metais de transição, actinídios e lantanídios são conhecidos coletivamente como “metais”.
3Halogênios e gases nobres também são não metais.
Estado físico do elemento nas Condições Normais de Temperatura e Pressão (CNTP)
aqueles com o número atômico em preto são sólidos nas CNTP.
aqueles com o número atômico em verde são líquidos nas CNTP;
aqueles com o número atômico em vermelho são gases nas CNTP;
aqueles com o número atômico em cinza têm estado físico desconhecido.
Ocorrência natural
Borda sólida indica existência de isótopo mais antigo que a Terra (elemento primordial).
Borda tracejada indica que o elemento surge do decaimento de outros.
Borda pontilhada indica que o elemento é produzido artificialmente (elemento sintético).
A cor mais clara indica elemento ainda não descoberto.



A tabela periódica relaciona os elementos em linhas denominadas períodos e colunas chamadas grupos ou famílias, em ordem crescente de seus números atômicos (Z).
Períodos
Os elementos de um mesmo período têm o mesmo número de camadas eletrônicas, que corresponde ao número do período. Os elementos conhecidos até o cobre tem sete períodos, denominados conforme a sequência de letras K-Q, ou também de acordo com o número quântico principal- n.
Os períodos são:
(1ª) camada K - n = 2s
(2ª) Camada L - n = 8s
(3ª) Camada M - n = 18s
(4ª) Camada N - n = 32s
(5ª) Camada O - n = 32s
(6ª) Camada P - n = 18s
(7ª) Camada Q - n = 8s
Grupos
Antigamente, chamavam-se "famílias". Os elementos do mesmo grupo têm o mesmo número de elétrons na camada de valência (camada mais externa). Assim, os elementos do mesmo grupo possuem comportamento químico semelhante. Existem 18 grupos sendo que o elemento químico hidrogênio é o único que não se enquadra em nenhuma família e está localizado em sua posição apenas por ter número atômico igual a 1, isto é, como tem apenas um elétron na última camada, foi colocado no Grupo 1, mesmo sem ser um metal.Na tabela os grupos são as linhas verticais (de cima para baixo)
Classificações dos elementos
Dentro da tabela periódica, os elementos químicos também podem ser classificados em conjuntos, chamados de séries químicas, de acordo com sua configuração eletrônica:
Elementos representativos: pertencentes aos grupos 1, 2 e dos grupos de 13 a 17.
Elementos (ou metais) de transição: pertencentes aos grupos de 3 a 12.
Elementos (ou metais) de transição interna: pertencentes às séries dos lantanídios e dos actinídios.
Gases nobres: pertencentes ao grupo 18.
Além disso, podem ser classificados de acordo com suas propriedades físicas nos grupos a seguir:
Metais;
Semimetais ou metalóides (termo não mais usado pela IUPAC: os elementos desse grupo distribuíram-se entre os metais e os ametais);
Ametais (ou não-metais);
Gases nobres;
Hidrogênio.